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O Alinhamento entre a Biologia Cultural e o Design Thinking para Trabalhar Inovações e Impacto.

O mundo em que vivemos é o que construímos a partir de nossas percepções, como descrito por Maturana e Varela (1). Segundo os autores, as percepções são moldadas pela nossa visão de mundo e existem tantas realidades quanto as existem capacidades de serem de percebidas.

A partir do momento em que estas percepções são moldadas, passam a ser organizarem em um jogo de influência onde as forças políticas e econômicas agem de forma top-down e, por outro lado, forças  da sociedade atuam de forma bottom-up em um movimento que, idealmente, deveria buscar algum grau de compensação entre ambas, mas, como se organizar em uma situação de desequilíbrio entre as realidades percebidas pelos agentes e de descompensação entre forças ?

Neste jogo de contínuas adaptações às diversas realidades percebidas, recorro a Simon Sinek, em O Jogo Infinito (2), que diz que só podemos escolher como vamos jogar, uma vez que não podemos escolher as regras e o jogo. Entretanto, este é um jogo infinito e organizações (e pessoas) devem buscar o longo prazo de forma sustentável e saudável.

No que se refere às organizações, um dos conceitos que tenho acompanhado com atenção e que pode auxilia-las a se movimentarem neste ” loop” é o de design thinking aplicado a modelos de negócios em um exercício de prepara-las  para o futuro.

Diversos autores e escolas de design thinking têm trabalhado neste tema e não vou aqui me estender em conceitos e ferramentas, porém, colocaria que uma vantagem para organizações é se abrir para observar tendências, buscar inovações e executa-las.

Em Design de Negócios (3), Roger Martin menciona que o design thinking é um constante exercício de equilíbrio entre a exploração de soluções e a capacidade de extrair valor destas soluções que conduzem à inovação do produto e à inovação do do negócio de forma aberta e ouvindo opiniões durante o desenvolvimento.

Retornando a Maturana e Varela (1), um organismo se modifica para se transformar onde ele pode e manter o que precisa ser conservado. Se o organismo  não permitir mudanças, as células morrem.

A biologia cultural de Maturana, portanto, está em linha com os conceitos de design thinking e, consequentemente, do  design de negócios uma vez que por traz de cada ação de inovação existe um ser e um organização e é preciso compreender como agem para traçar um diagnóstico e despir-se de uma visão julgadora para engaja-los nas transformações.  

Se, ao final, um cliente considerar substituir um produto ou negocio com o qual ele trabalha por aquele que foi desenvolvido a partir de uma inovação que foi validada, é sustentável, teremos chegado ao resultado desejado e o que vai ficar deste jogo é o impacto que é gatilhado no mundo.  

Deste modo, eu procuro, no meu trabalho, juntar estas visões e conceitos auxiliando os negócios a desenvolverem ações transformadoras e que sejam sustentáveis. 

Fontes:

  • Humberto Maturana e Francisco Varela citados por Humberto Mariotti em  AUTOPOIESE, CULTURA E SOCIEDADE.
  • Simon Sinek – O Jogo Infinio – Ed. Sextante
  • Roger Martin – Design de Negócios – Ed. Alta Books

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